Otacílio e os 25 anos do gol que recolocou a Briosa na elite do Paulistão

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O dia 21 de julho de 1996 foi um dos mais importantes da história da Portuguesa Santista. Em uma manhã chuvosa e fria no Estádio Ulrico Mursa, em Santos a Briosa vencia o Ituano, por 1 a 0, e conquistava o acesso para a elite do Campeonato Paulista, onde o clube não estava desde 1978. O único gol desta partida, que está completando 25 anos, foi o zagueiro Otacílio, que relembra como foi marcar um gol que ficou para sempre no “filme” da mais Briosa.

Otacílio explica que esta é uma das maiores recordações de sua carreira. “Lembrar do gol que marquei pela Portuguesa Santista em 1996, ajudando a equipe a conquistar o acesso é muito gratificante. Fico feliz em saber que entrei para a história do clube”, diz o ex-zagueiro, que é de Cubatão, cidade vizinha a Santos.

Naquele jogo, Otacílio estava no banco de reservas. Porém, o camisa 13 daquele partida entrou logo nos primeiros minutos, no lugar do experiente zagueiro Fernando, que saiu machucado. Na segunda etapa, ele foi o felizardo de marcar o gol do acesso. “Não tem nem como descrever a emoção que tive naquele momento. Na hora do gol, se você for ver o vídeo, nem sabia como comemorar, saí correndo para o meio-de-campo, igual a um doido (risos). Quando deu o estalo, quis pular, gritar e desabafar. Foi muito legal ter feito o gol histórico”, afirmou Otacílio.

A partida foi dura. O Ituano teve chances para marcar e antes do gol de Otacílio, Célio perdeu uma chance para a Briosa em cobrança de pênalti. Até pela dificuldade, a comemoração foi enorme ao fim da partida. “Outra grande emoção foi após o apito final do árbitro. Meu pai, hoje já falecido, pulou o alambrado do Ulrico Mursa e até hoje não sei como ele fez aquilo, pois já tinha mais de 60 anos. Quando fui ver, dentro de campo estava toda a minha família comemorando junto com o elenco, os jogadores se abraçando, chorando, o treinador Serginho Chulapa dando voltas no campo e a torcida cantando. Foi uma cena muito bonita e inesquecível”, disse.

Otacílio começou no Jabaquara e teve uma passagem pelo Corinthians antes de defender a Briosa entre 1996 e 1997. Depois, atuou no Náutico, futebol espanhol, Noroeste e voltou para a Briosa em 2007. Ele deixa um recado para todos que gostam da equipe Rubro Verde. “Que a torcida da Portuguesa Santista não desista e continue nesta luta, não desanimar, que com certeza a Briosa vai voltar para a elite do futebol paulista. Eu acredito acredito e torço para que isto aconteça o mais rápido possível”, finaliza o autor do histórico gol Rubro Verde.

Campanha – A Portuguesa Santista chegou ao quadrangular decisivo do Paulistão A2 de 1996 por ter ganho o primeiro turno. Diminuiu o ritmo na segunda parte da primeira fase, guardando forças para a fase decisiva, onde a Briosa voltou a crescer.

Aliando jogadores tarimbados, como Balu, Toninho Carlos, Fernando, Paulo Robson e Célio, a jovens promessas, como Beto, Calazans e o próprio Otacílio, a Portuguesa Santista empatou os três primeiros jogos do quadrangular decisivo, que foi bem equilibrado. A arrancada veio com a vitória de virada sobre o São José, fora de casa, por 2 a 1, e o triunfo contra o Ituano, em 21 de julho de 1996, confirmou o acesso.A Briosa foi para Limeira precisando de um empate contra a Inter para ficar com o título, mas a derrota por 4 a 0 não apagou o brilho daquela grande equipe. Um acesso que ficou para a memória de todos os torcedores da Mais Briosa de Ulrico Mursa.

Foto: Gazeta Press